Resenha 2º King Ink Punk Day

Sábadão é dia de barulho.

Depois de trampar como locutor no Magazine Luiza, colei com a esposa Teté e o filhão Ramone lá no King.

O PICO

Desde 2010 na ativa, o KING é um dos grandes points de encontro dos outsiders aqui em Rio Craro.
Além de pub super fino, com putal astral sambarilove, o KING oferece serviços em tatuagem artística, piercings ,barbearia, e venda de materiais, além de oferecer cursos na área.
Sensacional o trabalho longevo e fino do meu amigo, o proprietário Rafael Góes, na moral.

O FEST, O ROLÊ

Então simbora, resenha do rolê procêis.

O 2º KING INK PUNK DAY teve entrada na faixa.

Teve grande presença da galera, que fez da esquina da Avenida 9 com a Rua 7 uma noite alucinante.
A primeira edição do KING INK PUNK DAY, que havia rolado no dia 9 de julho deste ano, teve como atrações Dirjay, Atrito 137, Couraça e o Garrafa Vazia.

Pra aguardada segunda edição, mais alegria na parada.
Detalhe: rolou FLASH DAY e foi estouro: a galera pirou, preço justo e muito esmero nos desenhos, foram muitas tattoos, sucesso.
Música e tatuagem, chefia: ARTE é sintonia, mesma viagem.
O rolêzão foi indoor.
Puta ambinte.
O piso fino estilão xadrez, mó visú.
O lustre classe a – e pô, o som brabão rolando com DIRJAY detonando tudo na arte dos toca discos na pura contenção.
E pô, bicho a galera tava muito unida.
Nenhum pescoço roubando a brisa, pique papagaio recramante.
Seja fora do bar, na barulhosa esquina, a galera era confraternização pura.
Todo mundo segurando sua cervejinha, drink, cigarro, curtindo o som as janelas abertos para o infinito no glorioso KING.
As bandas tocavam embaladas por essa atmosfera de COMUNIDADE.
E a galera ali bem pertinho, conectada, curtindo pra dedéu.
Chefias, seguinte: o trecho tá trevoso.
Sem bairrismo: ao contrário, o intercâmbio do interiorama da rolando sorto e destruidor!
Muitos artistas no bonde da efervescência, plural, em total ebulição atacando, viscerais, sanguera no zói!
A força de expressão desses criadores é impressionante.
E o principal: em nítida sintonia com os tempos.
E o melhor ainda, o fest teve aquele reunião das várias gerações, que presentes numa reluzente comunhão fizeram do bailão um instante histórico.
Espírito coletivo fluiu natural.
Chega de birrinhas e egos derrapantes.
Era vez do barulho na poesia fermentanda no delírio coletivo.
Era a vez do barulho noise camaradagem, de buenas a galera com seus sorridentes outdoors felicidade ambulante.
É, tá desacreditante de tão dá hora, show de bola o rolê, a cena de Rio Claro chefia, pode crê?

OS ARTISTAS

DIRJAY

Sempre preciso, DIRJAY é um dos grandes nomes da cena HIP HOP e a cada dia está mais na correria.
Multitalentoso guerreiro na pista, Dirção músico plural.
Na atividade monstra pelas perifas pelos bares pelas cidades em chamas, DIRJAY segue com agenda cheia, segue arregaçando nos toca discos, é verso vivo no peito, que chapa, leva consciência social pra distintas gerações.
Scratch rajada pra lá e pra cá, fez a cabeça da malucada o tempo todo, coisalinda.

RESISTENTES

Bandaça.

Faça um favor procê mermo:
Orça agora o hino “SEM FRONTEIRAS” e sinta na pele todo punch nesse time de craques.
De ARREPIAR, chefia!
Lemão muito estaile no baixo, Evandro e Netão Lombada voando absurdo nas guitarras, Murilo Birolo, grande mega ultra compositor, representa no vocal (timbraço!) e o maestro Pedrinho Brochini, do Dezakato, na bateria, que dispensa apresentações.
Músicas fortes energizando a indignação.
Combustível eterno verbo eterno sobre encarar a dura realidade do trabalhor, das vicissitudes do terceiro mundo.
Corações antifascistas reunidos no céu trevoso de canções pra levantar quarqué defunto, procê pirar ouvir no fone relendo Máximo Gorki, Emma Goldman.
Punk transparente é punk de rua.
Os Resistentes carregam na bagagem décadas de poética rebelde e estão tinindo: caem na estrada cativando geral om canções sangrando resistência, nesse Bujiro amarrado no paletó da corrupção: bradam justiça ao povo, sempre sempre — eis a visceral working class odisseia, grito de resistência RESISTENTES transparentes destroçando a inércia em guitarras backings baixo batera vocalzão pra moer os vermes.
É uma puta banda!
Uma usina faíscante na adrenalina de arrepiar até desempatia, arranjos melodias batuque fino que mistura criteriosamente street punk, hardcore, backing vocals 100% euforia, e o melhor: são todos gente finas, focados, excelentes em cada detalhe.
Como eu tava trampando de locutor no Magalú, não tive tempo de pegar este concerto, mas pô, chefia, não deu outra, toda turma deu a letra: foi fudido demais!
Atenção, chefia: ouça os Resistentes, time de craques, os caras tão na estrada a todo vapor, gravando, coesos e quem vê on stage sempre ressalta que o rugido é fulminante, arrebenta, regaça, trinca forte a firma o filme da vingança proletária vai arrepiar você!

ALERTA MENTAL

ALERTA, ALERTA MENTAL!
Coleção de hits pra pogar pensar pirar.
Cheia de hinos essa força chamada Alerta Mental.
Da vizinha Santa Gertrudes.
Saulo DS é sempre carismático, performático.
Hora avua naqueles saltos ninja, pernão aberto air Jordan Redson pelos ares.
É trovador, compositor de mão cheia.
Saulera, o vocalista e guitarrista flying v do Alerta é iluminado DIY.
O Alerta é fodaço, bandaça que já tem anos e anos de estrada.

Power trio com o mestrão Murilo Birolo trucidando tudo no baixão e Pancher gente finíssima, fast & seguro na bateria.
Saulera é fera, chefia: a banda segue empolgando até o Pedro de Lar.
Hora coloca groove, cadência.
Hora é hardcore punk pogo non stop, ora classudo punk 77.
E mandando a bronca, destilando fortes críticas à patifaria, o moralismo e o “deus dinheiro” são ironizados.
É hardcore punk cheio de fúria detonando o mau caratismo de uma sociedade consumista rastejante na infantil hipocrisia dos “peidorosos” vomitando sua demagoga-ditatura de padrões estéticos, morais e comportamentais plastificados, manipuladores de merda.

Teve um momento épico.
Durante a clássica canção Moralistas do Tabela, houve uma supresa.
A intervenção ali no timing, no feeling, o DIRJAY apavorou, juntou-se com seus scratches animais inflamando o grito da revolta, bata crossover balança cadáver, chefia.
Queremos a gravação dessa canção no crossover ALERTA MENTAL E DIRJAY – justiça social e arte pra salvar o mundo!
E puta som né?
Batidão, pesado e com o scratch do DIRJAY o recado constou ainda mais motividade.
Impossível ficar parado.
No final do show orquestra de microfonias, estilo Kurt mergulhando na batéra, que catarse féra!

ATRITO 137

O quarteto punk new school mais buxixado da city evolui nervoso a cada fração de segundo, a cada bailão uma promessa de barúio destruidor.
A galera canta junto as canções nascidas na mais pura realidade teenagers against vacilões e múmias do preconceito.
E são criativos, cada um carrega na alma influência heterodoxas.
O que acho vital pra criar uma nova sonora biblioteca na história das canções nascidas com sangue suor irreverência espírito foda-se contra as engrenagens que decepam a poética dos dias.
Olha só as feras:
Naitzk bruto no vocal, front na responsa, adoro suas influências de música capira raiz, fora que ele é uma máquina de compor, esse é meu irmão mais novo.
Bellan no bass todo performático, preciso, cabeleira estaile.
Jão todo rockstar de ócrão escuro armação vremeia esmirrilhou a guitarra, mó astral!
E o bate-forte na batera o grande Vicenzo, filhão do Pedrinho descendo a marreta deixou todo mundo empolgadaçço!
É, a galera canta junto, ergue os braços, as músicas dialogam com o cotidiano no interior de SP.
São letras autênticas reúnem vivências e uma certa dose de irreverência na sintaxe no léxico qque cativa.
O Atrito 137 é colosso demais.
É uma realidade, a revelação, nova escola!
É a semente maldita do rock subterrâneo viva no vulcão criativo da indignação e na performance porrada, chutação de balde.
Diversão e união marcaram o evento.
Depois teve mais resenha e alegria, chefia!
AMIZADE é a palavra desse rolê.
Rolê essencial para os artistas do interior de SP.
É a quantidade de bandas caindo na estrada, gravando, é prova que as gerações aqui do trecho falam a mesma língua: mutualismo e humildade na dança dos egos!
Sintonia total.
Sobre o show do ATRITO, palavras do meu filho Ramoninho: “muito dá hora, gostei pra caramba, cantei junto, são perfeitos!”
Todo mundo cantou junto com as bandas, não tem como: canções de verdade reverberam na alma da gente, deixando o mundo num esquema diferente, onde o poder de invenção da ARTE destrói toda babaquice que nos é imposta!
Ah, as canções já são eternas.
E claro destacar o Moises, músico e produtor, sobrinho do grande Diegão (DEZAKATO, in memorian), dando aquele talento magaiver como sempre 100% vigiliante, garantindo a excelência no piloto do som.
Que venha o próximo rolê, reunindo gerações e gerações, cuja lema é ação direta, barulho catarse entrenhada nos autênticos corações dentre o calor da convivência do barulho do caos o ouro da vida estrala AMIZADE!


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É mariomariones@gmail.com
Muito obrigado!

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