Organizado pela Mutante Discos, “Amor, Fúria e Amor” é um tributo à banda santista The bombers, que conta com quase 30 anos de estrada e alguns álbuns na bagagem. Esse tributo conta com 21 bandas e artistas da cena underground nacional e oferece ao ouvinte uma salada musical extremamente variada, fazendo jus ao som da banda, que também passeia por vários estilos — mas, claro, o punk rock vem sempre em primeiro plano.
E, sem exagerar, tem para todo mundo: tem ska-punk, punk chiclete, punk sujo, surf music, rap-rock, psicodelia, baladinha indie acústica, stoner rock de FM, bluegrass, post-punk, hardcore melódico, rock alternativo noventista e por aí vai. E o melhor de tudo é que nenhum artista participante deixa o nível cair: todos os sons, independente do estilo, são consistentes.
É realmente difícil escolher o melhor som do álbum, mas, as versões que eu mais curti foram:
-The stories are true, abrindo o disco e fazendo de “Come back home” um ska-punk de primeira.
-Alterego, que transforma a balada de piano “The end” num belíssimo punk rock melódico.
-Dum brothers e sua releitura originalíssima de “Keep it close”, um rock swingado radio-friendly com um pé (ou dois) no stoner rock.
-Fibonattis, que faz da balada country/folk “A saint called Sylvia” um punk rock divertido a-la-Misfits.
-Attitude e sua versão punk rock três acordes daquele jeito para “Não sei nada”.
-No bass no love que modificou “que passou, passou” e transformou-a num post-punk finíssimo.
-Evil matchers e Sick dogs in trouble e suas duas versões para “My way my strenght”, uma mais suja e uma mais polida, respectivamente.
No final das contas, todos os 19 sons são motivos para você dar play, pois a qualidade é elevada e a diversão também! É isso que eu chamo de uma bela curadoria para um tributo. Discaço!
Vida longa à Mutante Discos.
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